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Cepa indiana da Covid-19 chega ao Brasil pelo Maranhão a bordo de graneleiro

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O caso do navio cargueiro fundeado nas costas do Maranhão ganhou gravidade nas últimas horas com a informação de que os cidadãos indianos diagnosticados com covid-19 são portadores da cepa identificada pela primeira vez na Índia (B.1.617.2) e que ainda não havia chegado ao território brasileiro.

 

A embarcação não aportou em São Luís e se encontra a 35 quilômetros de distância da capital maranhense, numa área reservada para fundeio. Todos os contatos com a tripulação, bem como o transporte de doentes entre o navio e um hospital particular de São Luís, estão sendo feitos por intermédio de helicópteros.

 

O Shandong Da Zhi (nome do graneleiro de transporte de minério) tem uma tripulação de 24 marujos, em sua maioria indianos, nacionalidade de todos os que foram diagnosticados com a moléstia. Originalmente, um dos tripulantes foi internado há uma semana em um hospital de São Luís. No domingo, dois outros marujos foram hospitalizados, mas já receberam alta e foram levados de volta ao Shandong Da Zhi, onde cumprem quarentena em cabines individuais e com acompanhamento de profissionais de saúde do Maranhão.

 

A identificação da nova variante foi feita através de sequenciamento genômico das amostras colhidas em exames PCR realizados pela Secretaria de Saúde do Maranhão e enviadas ao Instituto Evandro Chagas, de Belém do Pará, que confirmou a presença da nova cepa do vírus. A informação foi dada hoje, 20, pela manhã, através do secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Carlos Lula.

 

A situação dos tripulantes, hoje, é a seguinte: um hospitalizado em São Luís, com quadro estável; 14 diagnosticados com a doença embarcados no Shandong Da Zhi, dos quais dois com sintomas leves e 12 assintomáticos; e outros nove que testaram negativo para a doença, mas que também estão em quarentena, ocupando cabines individuais.

 

O Ministério da Saúde foi comunicado da evolução da situação e deve enviar uma equipe ao Maranhão.  Segundo o secretário Carlos Lula, cerca de 100 pessoas tiveram algum contato com os tripulantes do cargueiro e estão passando por exames PCR, estão sendo monitorados e, caso seja necessário, entrarão em confinamento.

 

No início da tarde de hoje, o governador Flávio Dino postou nota em seu Twitter, afirmando que o navio não atracou no porto da Vale, mas informou que os trabalhadores portuários estão sendo vacinados contra a Covid-19.

 

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