Cantor e compositor cubano Pablo Milanés morre na Espanha
por Prensa Latina/JBP em
Com muita dor e tristeza, lamentamos informar que o professor Pablo Milanés faleceu na manhã de 22 de novembro em Madri.
Agradecemos profundamente todas as manifestações de carinho e apoio, a todos os seus familiares e amigos, nestes momentos difíceis, que descanse no amor e na paz que sempre transmitiu. Ficará para sempre na nossa memória, refere a nota oficial.
Desde 11 de novembro passado, o Prêmio Nacional da Música (2005) noticiava a suspensão de seus últimos compromissos de trabalho devido a problemas de saúde, associados a uma série de infecções recorrentes.
O artista esteve internado em Madrid, sendo tratado dos efeitos relacionados com o quadro clínico provocado por uma doença onco-hematológica que padeceu durante vários anos.
Considerado um dos expoentes essenciais da composição em espanhol, Milanés compilou uma obra significativa para os cubanos da ilha e outras fronteiras da América Latina com um repertório de mais de 400 peças.
O músico nascido na cidade oriental de Bayamo, em 24 de fevereiro de 1943, construiu sua carreira profissional com grande versatilidade interpretativa, da qual nasceu o Grupo de Experimentación Sonora, junto com outras vozes emblemáticas da ilha.
Vencedor de dois Grammys Latinos (2006) e uma estatueta de Excelência Musical (2015), combinou uma mistura de gêneros e sonoridades do continente, que oscilava entre tradição e modernidade, enquanto sua discografia incluía filin, jazz, rumba, son ou o bolero desdobrado em cinquenta álbuns.
Da mesma forma, curvou-se à tradicional trova, a canção de resistência popular chilena e prestou homenagem a figuras da história cubana como o apóstolo José Martí ou o poeta nacional Nicolás Guillén; também ícones latino-americanos como o brasileiro Chico Buarque e os grandes nomes do bolero mexicano, como Armando Manzanero.
A notícia de sua partida física chocou os milhares de adeptos de suas letras e peças antológicas como El breve espacio en que no estás, Yolanda, Ya ves ou Para vivir, que acompanharam a trilha sonora de várias gerações na nação caribenha.
Na ilha, o artista deu o seu último concerto no popular coliseu Ciudad Deportiva, onde milhares de compatriotas assistiram numa noite marcada por canções icónicas e outras do seu recente álbum Días de Luz, cuja digressão promocional o levou a palcos nos Estados Unidos Unidos e Espanha.
Depois de quase três anos sem cantar na sua terra, Pablo constatou o carinho do seu povo pela sua criação carregada de vivências e realidades da ilha, em sintonia com a sua declaração de princípios ao longo de mais de seis décadas a distinguir o panorama da trova cubana.
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