O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, na reunião de sexta-feira (28), mudanças importantes e necessárias no pagamento da remuneração dos acionistas. A nova política reduz a distribuição de dividendos, viabilizando o tão necessário aumento dos investimentos da companhia.
Há dois fatores nessa equação que deslocam a prioridade dos resultados da empresa para os investimentos: a redução da porcentagem de 60% para 45%, seja aplicada somente em caso de dívida bruta igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no plano estratégico em vigor e de resultado positivo acumulado, a serem verificados no último resultado trimestral apurado.
Os dividendos serão distribuídos a cada três meses, e esse foi um ponto que discordei, pois considero que esse pagamento deveria ocorrer somente no final do exercício.
A proposta de elaboração do aperfeiçoamento da política de remuneração dos acionistas foi solicitada pelo CA em 11 de maio deste ano, incluindo a possibilidade de recompra de ações. O aprimoramento da Política tornou-se importante em razão da revisão dos elementos estratégicos para o Plano Estratégico 2024-2028 (PE 2024-28), bem como da aprovação do direcionador de investimento de baixo carbono entre 6% e 15% do Capex total para os cinco primeiros anos do PE 2024-28. Esses eventos tornaram necessária a adequação da Política de Remuneração e do percentual da fórmula a ser aplicada sobre o fluxo de caixa livre de cada trimestre, informou a Petrobras.
No comunicado, a companhia reforça ainda que essa nova política de remuneração mantém o objetivo de previsão do fluxo de pagamentos de proventos aos acionistas, além de garantir perenidade e sustentabilidade financeira à Petrobras, sem comprometer sua capacidade.
A mudança, a meu ver, mais do que adequação ao “PE” e ao aumento de Capex em transição energética, representa o início de um urgente processo de resgate da companhia, canibalizada para alimentar a ganância financeira de curtíssimo prazo que a desmontou e apequenou, visando a maximização dos lucros à custa de sua sustentabilidade a médio e longo prazos.
Diante de tamanha criticidade, ainda que considerando modesta a mudança, aprovei a revisão da fórmula que desloca o resultado para os investimentos, ampliando o conceito de investimentos e a recompra de ações, mas com ressalvas: discordei do pagamento trimestral e do pagamento mínimo, mantidos da política anterior.
Avançamos, sim, e isso é muito importante, mas não o suficiente. Há muito ainda a melhorar. Estarei lá, atenta e alerta, contribuindo para os avanços e cobrando para que os acelerem e aprofundem.
(*) Por Rosangela Buzanelli Torres, representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás.
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