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Brasília celebra produção de mulheres negras no audiovisual a partir de domingo

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V Mostra Competitiva de Cinema Negro Adelia Sampaio vai exibir 22 filmes e um videoclipe de todas as regiões brasileiras, Caribe e África. A V Mostra de Cinema Negro Competitivo Adelia Sampaio vai começar neste domingo, (6/11), em Brasília/DF.

 

 

 

Brasília se transforma em vitrine para a produção audiovisual de mulheres negras. A V Mostra Competitiva de Cinema Negro Adelia Sampaio começa neste domingo, 6 e segue até o dia 12 de novembro, apresentando produções recentes de todo o Brasil e exterior, com entrada gratuita. A edição marca a volta em formato presencial da mostra, que chegou a ser suspensa por causa da pandemia de Covid-19. O projetoconta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec).

 

A abertura do evento, ocorre às 18h, no Sesc Presidente Dutra, com a exibição do filme AI-5 – O dia que nunca existiu, de Adelia Sampaio. A partir do dia 7, tem início a mostra competitiva, no Anfiteatro 10 do ICC Sul, no Campus Universitário Darcy Ribeiroda Universidade de Brasília (UnB), de 14h às 21h. A programação conta ainda com oficinas, debates e apresentações musicais, tanto no Sesc quanto na UnB (ver programação completa).

 

Voltada a mulheres negras cis e trans, a mostra selecionou, entre 94 inscritos, 22 filmes de curta, média e longametragens, entre documentário, ficção e animação e ainda um videoclipe. As obras representam todas as regiões brasileiras, República Dominicana, no Caribe e Cabo Verde, na África.

 

O Distrito Federal teve dois filmes selecionados, Eu era olobisomem da Cei, de Suéllen Batista, de Ceilândia e Me farei ouvir, de Bianca Novais e Flora Egécia, de Brasília. Ainda do Centro-Oeste concorre o Mato Grosso. Do Nordeste, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Bahia têm produções selecionadas. O Sul, é representado pelo Paraná, enquanto o Sudeste, tem obras de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Do Norte, está o Amapá.

 

As obras concorrem ao Troféu Adelia Sampaio em nove categorias De Melhor: Longa Metragem, Média Metragem ou Telefilme, Curta metragem, Júri Popular, Direção, Direção de Arte, Fotografia, Trilha sonora, Montagem, Roteiro e Atriz.

 

A produção executiva é assinada pela idealizadora do evento, a doutora em Educação pela UnB e cineasta, Edileuza Penha de Souza, pela produtora e documentarista, Marisol Kadiegi e pelo produtor e realizador, Marcus Azevedo.

 

 

Protagonismo – De acordo com Edileuza, o evento, primeiro do gênero no Brasil, celebra o pioneirismo e o talento das diretoras e produtoras negras, além de reconhecer sua importância para a história do cinema.

“Pensando nesse acolhimento e expansão, a mostra se tornou um espaço para conhecermos o que mulheres negras têm criado, as histórias que têm contado e como essas narrativas auxiliam a entender o lugar que ocupam hoje, que é de luta e resistência, mas também, de muita produção”, completa.

 

Adelia Sampaio vai participar do encerramento da mostra, quando também haverá apresentação da Mestra Martinha do Coco. Para Sampaio,“se levou cem anos para surgir uma cineasta negra, daqui para frente, serão milhões. A gente vai falar de nós de uma forma objetiva e, por certo, orgulhosa”.

 

Protagonismo – Na avaliação da curadoria, composta por Edileuza Penha, pela socióloga Natasha Craveiro e por Melina Bonfim, os filmes selecionados revelam um apanhado de questões que afetam a vida das mulheres negras. “Penso que o resultado da curadoria aponta, como fio condutor e principal unidade, o protagonismo negro e feminino”, diz Edileuza.

 

 

Natural de Cabo Verde, Craveiro afirma que existem determinados temas mais tratados do que outros. “Mas isso é normal. O fator conjuntura pesa quando o assunto é o tema. De uma forma geral, as mulheres negras falam das coisas que as preocupam sem perder o encanto de viver e de ver o belo. Entendemos a importância da abordagem interseccional para melhor perceber a mulher, de uma forma gerale, em particular, a mulher negra”, completa.

 

 

Visibilidade – Com o objetivo de difundir o trabalho de diretoras, produtoras e realizadoras, além daquelas que atuam como câmeras, montadoras, cenógrafas e roteiristas, a mostra se consolida como uma reunião de diferentes gerações e nacionalidades, na busca por quebrar preconceitos, estereótipos e apresentar novos olhares e concepções no cinema de autoria feminina negra.

 

 

Uma das novidades desse ano, é o lançamento da Sessão Erê, com exibição de filmes infantis em escolas públicas do DF, em parceria com o Festival Internacional de Cinema Kilombinho – Audiovisual negro com crianças, crias e comunidades, criada por Melina Bonfim, também curadora da Adelia Sampaio. O objetivo é formação de novos públicos, fomentando o interesse no cinema entre diferentes faixas etárias.

 

 

Estreia – O nome da mostra competitiva é uma homenagem, em vida,à primeira cineasta negra do Brasil e da América Latina. Adelia Sampaio estreou em 1978, com o curta-metragem Denúncia Vazia eem 1984, lançou o primeiro longa, Amor maldito, do qual também foi roteirista (com José Louzeiro) e produtora.

 

A película, baseada em fatos reais, inaugura a temática lésbica no cinema nacional, ao retratar a história de amor entre duas mulheres. Uma delas se suicida, em função da polêmica causada em torno do relacionamento e a outra é acusada de sua morte. A produção teve apoio negado pela Embrafilme, o que fez a cineasta realizá-lo de forma colaborativa, em um feito também inédito.

 

Em 1987, ela dirigiu o documentário Fugindo do Passado: Um Drink para Tetéia e História Banal, sobre a Ditadura Militar no Brasil. Em 2001, dirigiu o longa AI-5 – O Dia Que Não Existiu, em parceria com o jornalista Paulo Markun. Em 2018, dirigiu O Mundo de Dentro, que estreou no Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo.

 

Mais informações:

 

www.mostraadeliasampaio.com.br
@mostraadeliasampaio
cineastaseprodutorasnegras@gmail.com

 

 

Confira obras selecionadas

 

Essa terra é meu quilombo de Rayane Penha – Macapá/AP

 

Eu Era O Lobisomem da Ceide Suéllen Batista – Ceilândia/DF

 

Eu faço a minha Sambada de Juliana Lima – Olinda/PE

 

Eu sou raiz de Cíntia Lima e Lílian de Alcântara – Orocó/PE

 

Eu, negra de Juh Almeida- Salvador/BA e São Paulo/ SP

 

Ewé de Òsányìn: o segredo das folhas de Pâmela Peregrino – Água Branca/AL, Paulo Afonso/BA, Porto Seguro/BA e Itaboraí/RJ

 

Farinha, Festas e Memórias de Jackeline Silva – Barão de Melgaço/MT

 

Me Farei Ouvir de Bianca Novais e Flora Egécia – Brasília/DF

 

Meu nome é Maalum de Luísa Copetti – Rio de Janeiro/RJ

 

Morenas de Victoria Apolinario e Iván De Lara – Santo Domingo, República Dominicana

 

O Cinema está servido de Leila Xavier – Rio de Janeiro/RJ

 

O ovo de Rayane Teles – Vitória da Conquista/Bahia

 

O Que Eu Gosto de Fazer É Ter Nascido no Mundo de Monique Rangel – Leopoldina/MG

 

Os 47’s – depoimentos que ficam de Artemísia Ferreira – Palmarejo Grande, Cabo Verde

 

Paneleiras de Jamilda – Vitória/ES

 

Te Guardo no Bolso da Saudade de Rosy Nascimento – Natal/RN

 

Tempo Zawose de Lwiza Gannibal – Niterói/RJ

 

 

Programação

6 e 12/11 às 18h
Abertura e Encerramento – SESC Presidente Dutra (Setor Comercial Sul)

 

 

De 7 a 11/11
Exibição dos filmes selecionados e debates
14h às 22h
Anfi 10 (ICC Sul UnB)

 

Oficinas

Datas: 8, 9 e 10 de novembro, das 10 às 12 horas.
Local: SESC Presidente Dutra (SCS)

 

OFICINA 1

O corpo dança sua mente! Arte e a vida na criação de personagens
Oficineira: Glau Soares

 

OFICINA 2

Produção Executiva
Oficineira: Bethânia Maia

 

Confira:




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