A situação do Brasil com o maior aumento de novos casos de Covid-19 deixou o país entre os cinco mais atingidos pela doença no mundo. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (19) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), houve um crescimento de 21% infectados no Brasil na última semana, o que mostra que a pandemia está em expansão.
No mundo, houve uma queda de 6%, tendência registrada por conta das medidas de confinamento adotadas em diferentes países, principalmente da Europa. Entre os dias 10 e 17 de janeiro, o mundo registrou 4,7 milhões de novos casos. Se o número de infecção é menor que na semana anterior, as mortes atingiram um pico inédito de 93 mil óbitos em sete dias. O que representa um aumento de 9% em relação à semana anterior.
Ao todo, no mundo, existem 93 milhões de casos e mais de 2 milhões de vidas perdidas pela doença desde o início da pandemia. Os EUA é o país mais atingido pela pandemia de Covid-19 no mundo, com mais de 24 milhões de novos casos e 401 mil mortes. Já o Brasil é o segundo país com o maior número de infectados, 8,5 milhões de casos e 211 mil vidas perdidas.
A situação levou o Brasil a superar uma vez mais o Reino Unido, que conseguiu registrar uma queda de 19% em seus novos casos na semana, diante de um lockdown estabelecido pelo governo.
O aumento de mortes no Brasil foi ainda de 12% em comparação à semana anterior, com 6,7 mil novos óbitos. A taxa de expansão é similar ao que foi registrado nos EUA, que somam 23 mil novas mortes na semana.
Nas últimas 24 horas, o país registrou 1.183 mortes pela, chegando ao total de 211.511 óbitos desde o começo da pandemia. A média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 969. A variação foi de +33% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de crescimento nos óbitos pela doença.
Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 8.575.742 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 63.504 desses confirmados de segunda-feira (18) para terça-feira (19). A média móvel nos últimos 7 dias foi de 54.321 novos diagnósticos por dia.
SP chega a 50 mil mortes
A situação da pandemia no estado de São Paulo só piora cada vez mais. O estado chegou nesta terça-feira (19) a mais de 50 mil mortos em decorrência do novo coronavírus desde o início da pandemia.
São 50.318 mortes em todo o estado de São Paulo. No total, 1.644.225 pessoas já foram infectadas pela Covid. A taxa de ocupação das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) no estado é de 69,7%. Na região metropolitana, 70, %.
O governo do estado deve anunciar nesta sexta-feira (22) mais restrições para o estado, que não tem nenhuma região com índices bons que justifiquem uma flexibilização.
Oxigênio da Venezuela chega a Manaus
Na noite desta terça-feira (19), cinco caminhões com oxigênio doado pela Venezuela chegaram em Manaus (AM). A cidade enfrenta a falta de oxigênio o e insumos hospitalares em meio a explosão de casos da Covid-19.
Os caminhões, que carregam de oxigênio, percorreram mais de 1.500 quilômetros de estrada entre o estado venezuelano de Bolívar e a capital amazonense.
Profissionais da saúde tem relatado cenas de pavor em alas de hospitais lotados e medo dos pacientes em morrer longe da família. A situação está fazendo os doentes infectados com Covid-19 fugirem dos hospitais e unidades de saúde de Manaus e até pedem para “morrer em casa”.
Na semana passada, faltou oxigênio hospitalar em unidades de saúde e houve relatos de mortes de pacientes por asfixia. O pânico fez com que centenas de pessoas se aglomerassem nas portas de empresas que produzem oxigênio hospitalar de Manaus em busca de um cilindro do produto para os seus familiares.
Estados
O Amazonas vive o pior momento desde o início da epidemia de Covid-19, no ano passado.
Nove estados estão em estabilidade: Amapá, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Estão com queda na média de mortes o Distrito Federal e quatro estados: Acre, Paraíba, Mato Grosso do Sul e Paraná.
As maiores quedas foram no Acre (43%) e no Paraná (28%). O Acre tem média de duas mortes por dia. No Paraná, apesar da queda, a média é de 36 vidas perdidas por dia.
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