O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) virou réu no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) por incitação ao crime de estupro. A decisão é do juiz Omar Dantas de Lima, da 3ª Vara Criminal de Brasília. Ele acatou a denúncia contra Bolsonaro em 1º de setembro.
O caso se refere a declarações feitas em 2014 contra a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Na ocasião, quando ainda era deputado, Bolsonaro afirmou que Rosário só “não merecia” ser estuprada porque era “muito ruim”, “muito feia” e “não faz o meu gênero”.
Inicialmente, a Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereceu a denúncia contra Bolsonaro ainda em 2014. Na época, a vice-procuradora Ela Wiecko afirmou que a declaração do então deputado indicava que um homem poderia estuprar uma mulher que ele “entenda ser merecedora do estupro”, configurando a apologia ao crime.
Dois anos depois, o Supremo Tribunal Federal (STF) acatou o pedido da PGR, tornando Bolsonaro réu. Mas o andamento do processo foi suspenso em 2019, quando ele virou presidente. Isso porque a Constituição impede que o presidente da República, no exercício do mandato, responda por atos anteriores ao cargo.
Assim, em junho, com o fim do mandato de Bolsonaro, o ministro Dias Toffoli remeteu o caso para a primeira instância. A PGR havia se manifestado em abril ao ministro favoravelmente ao declínio de competência do STF e envio ao TJ-DFT.
Tornado réu, Bolsonaro atacou a Justiça e se vitimizou. “A perseguição não pára!”, publicou o ex-presidente nas redes sociais. A deputada ainda não se pronunciou. Acusado formalmente, Bolsonaro será interrogado. Posteriormente, caberá à sua defesa apresentar as alegações finais, antes do TJDFT decidir pela condenação ou absolvição.
Indenização
Em 2017, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou outra decisão do TJDFT condenando Bolsonaro a indenizar Maria do Rosário por danos morais no mesmo caso. Ele recorreu ao STF, que também confirmou a condenação. Assim, quando já era presidente, ele teve que desembolsar R$ 20 mil em indenização à petista. Além disso, teve que se retratar publicamente, pedindo desculpas à parlamentar. Maria do Rosário doou o valor a sete entidades que defendem os direitos das mulheres. Outra ação sobre o mesmo caso, desta vez por injúria, prescreveu e foi arquivada em julho deste ano.
Foto da capa: Em ato misógino, Bolsonaro afirmou que deputada não merecia ser estuprada porque era “muito feia”, segundo ele
SEJA UM AMIGO DO JORNAL BRASIL POPULAR
O Jornal Brasil Popular apresenta fatos e acontecimentos da conjuntura brasileira a partir de uma visão baseada nos princípios éticos humanitários, defende as conquistas populares, a democracia, a justiça social, a soberania, o Estado nacional desenvolvido, proprietário de suas riquezas e distribuição de renda a sua população. Busca divulgar a notícia verdadeira, que fortalece a consciência nacional em torno de um projeto de nação independente e soberana. Você pode nos ajudar aqui:
• Banco do Brasil
Agência: 2901-7
Conta corrente: 41129-9
• BRB
Agência: 105
Conta corrente: 105-031566-6 e pelo
• PIX: 23.147.573.0001-48
Associação do Jornal Brasil Popular – CNPJ 23147573.0001-48
E pode seguir, curtir e compartilhar nossas redes aqui:
📷 https://www.instagram.com/jornalbrasilpopular/
🎞️ https://youtube.com/channel/UCc1mRmPhp-4zKKHEZlgrzMg
📱 https://www.facebook.com/jbrasilpopular/
💻 https://www.brasilpopular.com/
📰🇧🇷BRASIL POPULAR, um jornal que abraça grandes causas! Do tamanho do Brasil e do nosso povo!
🔊 💻📱Ajude a propagar as notícias certas => JORNAL BRASIL POPULAR 📰🇧🇷
Precisamos do seu apoio para seguir adiante com o debate de ideias, clique aqui e contribua.
Deixe um comentário