Nessa segunda-feira (6), a Biblioteca Campesina, em Santa Maria da Vitória, oeste da Bahia,  foi palco de momentos super agradáveis. Trazida pelo talentoso artista Mazzo Rodrigues, percebi num átimo que a equipe, composta de jovens de várias cidades de distintos estados, além de um componente equatoriano, detém um nível cultural e de politização muito acima da média. As conversações giraram em torno das experiências do jornal O Posseiro e da Biblioteca Campesina.

Discorri pra simpática turma acerca das inúmeras perseguições sofridas pelo jornal, inclusive por parte do Serviço Nacional de Informações [SNI – atual Abin] – Agência de Salvador, conforme atesta o informe produzido pelo araponga em junho de 1983.
É altamente gratificante pra mim ver que há gentes da nova geração se dedicando a projetos de caráter interesse da coletividade e não a empreitadas meramente individualistas, egoístas portanto.

O fato indubitável é que esse aguerrido e lúdico octeto me conquistou num átimo, em microssegundos.
Foi, sem sombra de dúvidas, uma tarde imensamente memorável e plena de emoções para este admirador de pessoas que têm sede de saber, caso da Linha de Frente Nuestra América.

Muchísimas gracias, compañer@s!

Biblioteca Campesina, 7 novembro 2023.

Nosso grupo da terceira turma do Centro de Treinamento Linha de Frente América Latina Humana para povo Brasil.

Somos um de três grupos viajando. O nosso teve uma experiência fantástica com o Quilombo Campo Grande no sul de Minas Gerais.

Trata-se de uma antiga fazenda de cana-de-açúcar falida e ocupada pelo MST. A área consiste em doze acampamentos e três assentamentos, produzindo principalmente café, leite e derivados, bem como hortaliças e muito outros alimentos mais.

Passamos por Caruaru, zona rural de Correntina, Bacia do Rio Corrente.

Depois de quatro semanas de viagem, chegamos em Santa Maria da Vitória, onde, na tarde de seis de novembro tivemos o prazer de sermos recebidos por uma lenda viva desta cidade. Ninguém menos que Joaquim Lisboa Neto. Ou simplesmente Kynkas.

Foi uma longa e divertida conversa em sua trincheira: a Biblioteca Campesina [abrigada na Casa da Cultura Antonio Lisboa de Morais].

Gratos pela partilha dessa tarde sublime.

Texto produzido por:
Andreia [Salvador]
Cailane [Bom Jesus da Lapa]
Carlos [Equador]
Eduardo [Quilombo Mangau Barro Vermelho Sítio do Mato-BA]
Josafá [Salvador]
Larissa [Ilha de Marajó, Pará]
Mazzo [Santa Maria]
Neilize [aldeia Pirajuí Mato Grosso do Sul]

(*) Por Joaquim Lisboa Neto, coordenador na Biblioteca Campesina, em Santa Maria da Vitória, Bahia; ativista político de esquerda, militante em prol da soberania nacional. 

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