Segundo o portal InfoSaúde, atualizado às 20h desta quarta-feira (5), 135 pacientes com Covid-19 aguardam em fila de espera por atendimento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no DF.
Os três hospitais de campanha para atendimento a pacientes com Covid-19, prometidos no início de março pelo GDF e que poderiam ajudar a reduzir a fila de espera e consequentemente o número de mortos no DF, ainda não foram inaugurados.
Após dois adiamentos, o GDF promete que o primeiro hospital entrará em funcionamento nesta sexta-feira (7), no Gama. O anúncio foi feito pelo secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, em coletiva de imprensa no início da semana.
Os outros dois hospitais, ainda sem data de inauguração, serão instalados no Plano Piloto e em Ceilândia. No entanto, nenhum dos três terá UTI, mas Unidades de Cuidados Intermediários (UCI), o que contraia o projeto base.
Menos profissionais de saúde
Enquanto na UTI são necessários, no mínimo, um médico, um enfermeiro e um fisioterapeuta para atender dez pacientes, na UCI o número de pessoas atendidas sobe para 15, com o mesmo número de profissionais da saúde. Na UTI, um técnico de enfermagem atende dois pacientes e na UCI, o mesmo profissional é responsável por cinco leitos.
O custo diário para o GDF pelos três hospitais de campanha sem UTI será de R$ 1,1 milhão. O valor do contrato sem licitação com a empresa Medial, pelas três unidades, que funcionarão por 180 dias, é de R$ 199.400.400,00. Esse valor, que deveria corresponder a unidades com UTIs, está sendo pago por hospitais com UCI, o que, segundo o projeto base, representa um déficit de 117 profissionais da saúde.
Ao jornal Brasil Popular, o deputado distrital Leandro Grass (Rede) criticou o GDF. “O governador anunciou nas redes e para a imprensa que seriam UTIs, fizeram a cotação de preço para leitos de UTI. O que não pode é, depois do anúncio e de pagar o preço de UTI, entregar UCI e achar que está tudo bem. Não está certo. É desrespeito com a população e com o dinheiro público”, disse.