A depredação só acabou quando policiais federais dispararam tiros de bala de borracha. Conforme alegaram alguns dos bolsonaristas, o ato de vandalismo foi devido à “prisão injusta de um indígena”. Trata-se do Cacique Serere, liderança indígena que apoia o presidente Bolsonaro, muito conhecido entre os golpistas que estão acampados diante do Quartel General do Exército. O cacique é conhecido por fazer os discursos mais inflamados, especialmente contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Inaceitáveis a depredação e a tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal em Brasília. Ordens judiciais devem ser cumpridas pela Polícia Federal. Os que se considerarem prejudicados devem oferecer os recursos cabíveis, jamais praticar violência política.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) December 12, 2022
Os TERRORISTAS que tentaram invadir a sede da PF estão concentrados em torno do hotel onde está hospedado no presidente Lula. Rogo ao gov do DF, @IbaneisOficial, para que tome as providências junto à PM para garantir a tranquilidade na capital e a segurança do presidente eleito!
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) December 13, 2022
Ao menos dois ônibus foram incendiados por apoiadores bolsonaristas, na noite desta segunda (12), em Brasília. Eles tentaram invadir a sede da PF. Imagens mostram um dos ônibus alvo dos ataques sendo abordado em uma avenida. Depois, o veículo é tomado por chamas. pic.twitter.com/nA05FY2kIe
— O Tempo (@otempo) December 13, 2022
Bolsonaristas quebram carros e tentam invadir sede da Polícia Federal
Manifestantes vestidos com camisas da Seleção Brasileira quebraram alguns carros estacionados em frente ao prédio da corporação
Leia: https://t.co/3ROMwJJtIr pic.twitter.com/DvbgcT55Cl
— Metrópoles (@Metropoles) December 12, 2022
Cena de Guerra em Brasília após decisão de Alexandre de Moraes
Vídeos que circulam nas redes sociais dão uma ideia da violência empregada. Há bolsonaristas armados com pedaços de pau, correndo em direção à sede da Polícia Federal. Um deles diz que um ônibus com mais bolsonaristas chegaria para reforçar a manifestação antidemocrática. Muito exaltado, um deles gritava: “Eu posso morrer aqui hoje, não tem problema, não”. A Polícia Federal pediu reforço para proteger o prédio contra a fúria dos bolsonaristas, que deixaram paus e pedras espalhados por todo canto.
Ainda segundo o STF, a Polícia Federal (PF) informa que Serere Xavante teria realizado manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais de Brasília. Notadamente em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília, no qual invadiram a área de embarque; no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios, por ocasião da cerimônia de troca da bandeira nacional e em outros momentos). E ainda em frente ao hotel onde estão hospedados o presidente e o vice-presidente da República eleitos.
Ao pedir a prisão temporária, a PGR argumentou que a liderança vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
Prisão foi pedida ao STF pela PGR
“A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos”, registrou a PGR.
Ao examinar o pedido da PGR, Moraes ressaltou que as condutas do investigado, amplamente noticiadas na imprensa e divulgadas nas redes sociais, se revestem de agudo grau de gravidade e revelam os riscos decorrentes da sua manutenção em liberdade. Isso porque Serere Xavante convocou expressamente pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos. “A restrição da liberdade do investigado, com a decretação da prisão temporária, é a única medida capaz de garantir a higidez da investigação”, afirmou Moraes.
Evangélico e autodenominado pastor, Tserere ganhou notoriedade entre grupos bolsonaristas desde que as manifestações em frente ao Quartel-General do Exército começaram em Brasília, logo após a derrota de Jair Bolsonaro nas urnas, em 30 de outubro.
Não posso aceitar os criminosos reinar no Brasil. LULA não poder ser diplomada. pic.twitter.com/I53cjPAQwt
— Tserere Xavante (@tserere_xavante) November 22, 2022
Deixe um comentário