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Alegação de censura é diversionismo para vitimizar Bolsonaro e escamotear a guerra contra a democracia

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“A alegação de censura contra Jovem Pan é falsa, como tudo no bolsonarismo é falso e inverídico”, escreve Jeferson Miola

 

 

A horda bolsonarista passou a direcionar ataques da máquina fascista de mentiras e desinformação contra o que consideram “censura” do TSE às barbaridades e falsidades que propagam.

 

A alegação de censura é falsa, como tudo no bolsonarismo é falso e inverídico.

 

 

Nem é preciso conhecimento jurídico para entender que se trata, naturalmente, de mais um delírio fabricado e disseminado pelo comando de inteligência estratégica da chapa militar Bolsonaro/Braga Netto com o objetivo de centralizar o alvo dos bombardeios fascistas pelos próximos dias.

 

 

O comando da campanha bolsonarista deturpou a interpretação de decisões do TSE em relação às empresas Brasil Paralelo e Jovem Pan, que se dedicam primordialmente a produzir e disseminar conteúdos de extrema-direita para emporcalhar o debate político-cultural do país.

 

 

Ou alguém tem alguma dúvida de que foi por puro banditismo eleitoral que a produtora Brasil Paralelo planejou o lançamento de documentário sobre a controvertida facada em Bolsonaro justamente para o dia 24 de outubro, faltando apenas seis dias para a eleição?

 

 

Não houve censura, pelo simples fato de que o TSE sequer adentrou na análise do conteúdo do documentário, ainda desconhecido. Apesar disso, no entanto, e considerando o plano de lançar este material faltando seis dias para a eleição, é de suspeitar que se trata de uma versão farsesca que objetiva culpabilizar a esquerda por aquele episódio rumoroso.

 

 

O TSE decidiu, simplesmente, postergar seu lançamento para a partir de 31 de outubro, primeiro dia após a eleição. O fundamento desta decisão é nada mais que a aplicação da Lei, que proíbe pessoas jurídicas financiarem campanhas eleitorais, o que engloba a proibição de financiamento de peças de propaganda política e ideológica.

 

No caso da Jovem Pan, o Tribunal tão somente proibiu a emissora de continuar propagando mentiras, calúnias e ofensas a Lula e, também, concedeu direitos de resposta ao petista devido aos inúmeros ataques perpetrados contra ele por agentes fascistas disfarçados de jornalistas.

 

 

A determinação do TSE sobre a Jovem Pan é ainda reforçada pela natureza da empresa, uma concessão pública que, como tal, jamais poderia ser convertida num órgão de propaganda eleitoral.

 

A campanha bolsonarista aproveitou para envelopar no mesmo pacote da falsa alegação de censura a obtenção de tempo de rádio e de TV para Lula exercer direito de resposta aos ataques terroristas perpetrados contra ele nos programas do Bolsonaro.

 

Neste aspecto, é relevante saber que Lula não ganhou apenas um ou outro direito de resposta, mas pleiteia quase 200 inserções de 30 segundos – cerca de 90 minutos. Equivale ao tempo de bombardeio sofrido nos programas criminosos do Bolsonaro no rádio e na TV.

 

A falsa alegação bolsonarista sobre censura deve ser rebatida e denunciada com veemência, pois não passa de mais uma tática diversionista no contexto da guerra suja e total que promovem [aqui e aqui].O diversionismo bolsonarista tem dois objetivos principais: [i] transformar Bolsonaro em “vítima do sistema”, que está todo unido “para impedir sua reeleição”, e [ii] escamotear e deixar em segundo plano a poderosa máquina criminosa de guerra contra Lula e a democracia estruturada pelo bolsonarismo e cúpulas partidarizadas das Forças Armadas.O diversionismo para desviar a atenção é operado metodicamente pela campanha bolsonarista, que não dá sossego. Eles colocam a atenção pública numa espécie de looping permanente; em estado de vertigem que distrai em relação ao essencial na realidade.Importante lembrar, neste sentido, que até há poucos dias, a bandeira política da mentira de fraude das pesquisas ocupava o lugar da mentira sobre fraude nas urnas e centralizava os ataques da mãquina fascista.

 

Agora, como num passe de mágica, a campanha diversionista dos fascistas distrai com a mentira da censura imposta a Bolsonaro “pelo sistema”.

 

Com a manipulação, a desinformação e os métodos sujos da guerra total que promovem contra a democracia, Bolsonaro e os comandantes militares continuam tumultuando a eleição para, como isso, ambientarem o clima de caos no país com algo ao estilo “Capitólio de Brasília”.

 

 

Este artigo foi publicado, oritinalmente, na coluna de Jeferson Miola, no site 247 e, segundo informações do site, não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.

 

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