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A fome que atinge 33 milhões de famílias é resultado da destruição do País promovida por Bolsonaro

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Parlamentares da Bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) repercutiram na tribuna da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (8), o resultado do levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), em que demonstra haver 33,1 milhões de pessoas passando fome no Brasil.

 

 

A pesquisa foi feita entre novembro de 2021 e abril de 2022 e foi divulgada nesta quarta, apontando que em pouco mais de 1 ano, houve um aumento de 14 milhões de pessoas na condição de não ter o que comer todos os dias. Esses e outros dados estão no 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, lançado nesta quarta-feira.

 

Deputados federal José Guimarães (PT-CE)
Deputados federal José Guimarães (PT-CE). Foto: CD

“Esse é o drama vivido pelas famílias brasileiras. No passado recente, nos governos Lula e Dilma, o Brasil tinha saído do mapa da fome por conta dos programas integrados que davam segurança alimentar, principalmente para os mais pobres, quando nós tiramos da condição de pobreza 36 milhões de pessoas”, lembrou o deputado José Guimarães (PT-CE).

 

Os dados mostram ainda que seis de cada dez brasileiros convivem com algum grau de insegurança alimentar. De acordo com a pesquisa, 125,2 milhões de pessoas se encontram nessa situação e revela que a fome atinge com maior incidência as famílias em que a pessoa responsável está desempregada (36,1%), trabalha na agricultura familiar (22,4%) ou tem emprego informal (21,1%).

Insegurança alimentar grave

 

Deputado Merlong Solano (PT-PI) – Foto – Paulo Sérgio – Câmara dos Deputados
Deputado Merlong Solano (PT-PI). Foto: Paulo Sérgio/CD

A pesquisa revela também que mais da metade da população brasileira (58,7%) convive com algum grau de insegurança alimentar (leve, moderado ou grave). Segundo especialista que participaram da pesquisa, o desmonte de políticas públicas por parte do governo, o agravamento da crise econômica, o acirramento das desigualdades sociais e o segundo ano da pandemia contribuíram para a piora do cenário.

 

O deputado Merlong Solano (PT-PI) disse que o que mais preocupa é que entre essas três categorias apontadas na pesquisa, a que mais cresceu foi justamente a das pessoas que se encontram em situação de insegurança alimentar grave. “Essa expressão pode ser substituída por uma palavra mais clara: fome! O número de pessoas em situação de fome saltou de 19 milhões em 2020 para 33 milhões neste ano de 2022”, denunciou.

 

Deputado Marcon. Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Deputado Marcon. Foto: Paulo Sergio/CD

Para o deputado Marcon (PT-RS), que compõe o Núcleo Agrário da Bancada do PT, a pesquisa de hoje, além de mostrar que 33 milhões de brasileiros estão passando fome, confirma que 60% das casas são do meio rural. “Isso porque este governo não tem política para a agricultura familiar”, criticou.

 

63% não receberam auxilio emergencial

 

Outro ponto revelado pelo 2º Inquérito Nacional é que 63% de pessoas em insegurança alimentar grave ou fome são aqueles que solicitaram, mas não receberam o auxílio emergencial aprovado pelo Congresso, no início da pandemia. E, 48,5% são aqueles que não conseguiram nem solicitar o benefício.

 

Deputado Frei Anastácio. Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Deputado Frei Anastácio. Foto: Paulo Sergio/CD

O deputado Frei Anastácio (PT-PB) acrescentou que o Brasil tem hoje mais de 72 milhões de brasileiros na instabilidade, sem trabalho fixo. E que destes, cerca de quase 12 milhões de desempregados.

 

“Mais de 300 mil cidadãos e cidadãs deixaram o Brasil no governo Bolsonaro. Milhões passam fome e, pela primeira vez, o País ultrapassa a média mundial da insegurança alimentar, ou seja, o povo brasileiro nunca passou tanta fome como agora, no governo Bolsonaro”, lamentou.

Fome desigual

 

A nova pesquisa mostra também que a fome atinge as regiões do Brasil de forma muito desigual. Em média, 15% dos brasileiros estão abaixo da linha da pobreza, mas o porcentual chega a 25% no Norte e 21% no Nordeste.

 

O deputado José Guimarães avaliou que essa é a realidade do Brasil, da periferia das grandes cidades, especialmente do Nordeste brasileiro que, segundo o parlamentar, onde a cada dia aumenta o contingente de pedintes.

 

“Esses dias, eu passei na BR-020, que liga o Ceará ao Piauí e a Brasília, e vi a quantidade de pessoas nas BRs pedindo com o chapéu algum tipo de esmola para poder sobreviver por conta dessa desestruturação que o governo federal fez, acabando com os programas sociais, desconsiderando a realidade vivida de milhões de brasileiros”, relatou Guimarães.

 

A situação também é pior entre os negros e as mulheres. Segundo o levantamento, 65% dos lares comandados por pessoas pretas e pardas convivem com alguma restrição alimentar (comparando com o primeiro inquérito, a fome saltou de 10,4% para 18,1% dos lares comandados por pretos ou pardos).

 

As diferenças também são expressivas na comparação entre lares chefiados por homens e mulheres. Nas casas em que a mulher é a pessoa de referência, a fome passou de 11,2% para 19,3% (nos lares em que os homens são os responsáveis, o salto foi de 7,0% para 11,9%). Segundo os pesquisadores, isso ocorre por conta da desigualdade salarial entre os gêneros.

 

Outro dado preocupante levantado pelo estudo é que, em pouco mais de um ano, a fome dobrou nas famílias com crianças menores de 10 anos de idade — passando de 9,4% em 2020 para 18,1% em 2022. Na presença de três ou mais pessoas com até 18 anos de idade no grupo familiar, a fome atinge 25,7% dos lares. Já nos domicílios apenas com moradores adultos, a segurança alimentar chegou a 47,4%, número maior do que a média nacional.

 

Parceria

 

O levantamento foi elaborado pela Rede Penssan em parceria com as organizações Ação da Cidadania, ActionAid Brasil, Fundação Friedrich Ebert Brasil, Ibirapitanga, Oxfam Brasil e Sesc. A pesquisa foi feita pelo Instituto Vox Populi e a margem de erro é de 0,9 pontos percentuais, para mais ou para menos.

 

 

Benildes Rodrigues com informações da Infomoney e edição do Jornal Brasil Popular




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