Ao dar a sua primeira entrevista do ano para a mídia independente, Lula fez questão de valorizar a atuação do jornalismo independente que tanto lutou por sua libertação, e que é chamado de “blogueiros sujos” pela mídia corporativa – dependente e porta-voz do grande capital.
Mas a entrevista de um candidato favorito absoluto nas pesquisas e com possibilidades reais de ganhar no primeiro turno não é algo corriqueiro, e obviamente produziria reações em todos os setores da sociedade. De fato, à exceção das reações desesperadas do gado bolsonarista, parte do mercado e de sua mídia corporativa reagiram de modo positivo, se é que podemos definir assim.
O mercado, falando por sua linguagem financeira, promoveu a baixa do dólar e da taxa de juros e a mídia corporativa, pela primeira vez em sua história, repercutiu um evento da mídia independente e ainda a tratou respeitosamente pelo que de fato são, jornalistas independentes, e não como “blogueiros sujos”, como sempre os chamava. Para a mídia corporativa e dependente do capital é totalmente inadmissível a atuação do jornalismo independente.
No entanto, foram ainda mais fortes os efeitos da entrevista de Lula para o clareamento da sua visão de democracia, do papel dos militares e da mídia e do que pretende fazer no governo; e ainda da necessária política de alianças para não somente ganhar a eleição mas principalmente governar um país totalmente destruído pela praga bolsonarista.
Lula não usa táticas eleitorais diversionistas nem quer enganar ninguém quando diz que vai conversar com todo mundo (significa dizer, inclusive o mercado), e afirma abertamente que o seu principal compromisso é com o mais pobres e que passam fome.
Para Lula, é inaceitável considerar como democracia uma sociedade que exclui historicamente o povo trabalhador, o pobre, o negro, o indígena, o jovem e a mulher de seus direitos e de condições dignas de vida. Lula entende que democracia de fato só pode existir com a democracia popular, aquela que não só inclui o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda, como também promove a participação popular no poder público.
Quanto a quase certa aliança com Alckmin, os argumentos de Lula foram tão concretos quanto convincentes, pois totalmente apoiados na realidade e bem longe das propostas voluntaristas dos setores mais à esquerda. Lula adverte que o desafio maior é a governabilidade do país, que a eleição não está ganha e que no caminho da provável vitória eleitoral e posse do governo está o desesperado fascista Bolsonaro, capaz de tudo.
Claro que a entrevista de Lula não vai encerrar as críticas contra Alckmin ser vice, até porque o PT é um partido profundamente democrático e nele funciona a todo vapor uma versão do tradicional Speaker’s Corner de Londres.
(*) Por Val Carvalho – escritor e militante de esquerda
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