O constante aumento no preço da gasolina vem assustando a população brasileira. Na semana passada, a Petrobras aumentou o preço médio do litro da gasolina vendida para distribuidoras em R$ 0,15, um aumento de 8,15% sobre a média vigente, de R$ 1,84, segundo informações da própria companhia.
O preço do diesel, combustível mais consumido no País, não foi alterado. O último reajuste foi feito em 29 de dezembro do ano passado e, de lá para cá, o Brent, preço de referência do petróleo no mercado internacional, valorizou-se mais de 7%, enquanto o dólar está quase estável, com valorização de – 0,5%, considerando as quedas.
Mas não foram só os preços dos combustíveis que subiram. O gás de cozinha (GLP) também aumentou. O reajuste do preço do GLP nas refinarias da Petrobras, de 6%, em média, em 7 de janeiro, chegou aos consumidores residenciais.
Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o botijão de 13 kg estava sendo vendido entre 10 e 16 de janeiro a R$ 76,50, alta de 1,9% sobre a semana anterior, quando estava custando R$ 75,05, em média.
Os valores do botijão variam de acordo com o local de venda. Na região Norte está o botijão de 13 kg mais caro do país, a R$ 84,66. No Sudeste, o preço está abaixo da média nacional, R$ 74,07; no Sul, sai a R$ 77,99; no Nordeste, a R$ 75,68; e no Centro-Oeste, a R$ 81,75.
Mas não para por aí. Ao que tudo indica, a inflação vai piorar em 2021. Com o preço dos alimentos e outros itens, como energia elétrica e combustíveis, subindo, até metade do ano, a tendência é que a inflação suba para perto dos 6% em 12 meses.
O salário mínimo de R$ 1.100 já está comprometido em 58% com a compra dos alimentos mais essenciais. Com a política de preço da Petrobras e com os desmandos do governo Bolsonaro, quem paga a conta é você!
(*) Efraim Neto é sócio e analista da Veredas Inteligência Estratégica
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