“Que assim seja
Que a palavra seja semeada
Em cada rincão de América”
Che*
A vitória no Chile, a festa na Argentina e a liderança de Lula, no Brasil, alimenta a esperança de retomada da democracia e da soberania dos povos em todo o continente. A esquerda avança na América Latina e é comemorada na Argentina, com Lula e Pepe Mujica. E é preciso comemorar sim. A vitória de Alberto Fernandes e Cristina Kirchnner, tem servido de “trincheira da democracia” para os países da América do Sul, desde a volta triunfal de Evo Morales, na Bolívia, até a mais recente conquista, de Gabriel Boric, no Chile.
Na luta, na resistência! A Argentina comemorou recentemente os 38 anos da democracia com uma festa popular na Plaza de Mayo, principal cartão postal de Buenos Ayres, símbolo da resistência contra a ditadura, desde a Revolução de Maio de 1810, e que lembra a luta das “Mães da Praça de Maio”, com a presença de dois ícones da liberdade na América do Sul: Lula e Pepe Mujica. E é preciso comemorar sim. A vitória de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, tem servido de “trincheira da democracia” para os países da América do Sul.
Aos poucos a América Latina vai revertendo, um a um, os golpes mais recentes, desde Honduras há 12 anos até o Brasil e Bolívia, além da resistência de Nicolas Maduro na República Bolivariana, na Venezuela. As eleições recentes, na própria Argentina, na Bolívia, no Peru, Chile, Honduras e Nicarágua mostram que somos alternativa de governo e que somos o caminho para a democracia popular e soberania dos povos latino americanos. A vitória de Luís Arce, na Bolivia, e a volta triunfal de Evo Morales a La Paz, e os resultados mais recentes, como a vitória de Xionara Castro, em Honduras, depois de 12 anos do golpe que destituiu Manuel Zelaya (exilado na Embaixada do Brasil); de Pedro Castilho, no Peru e de Gabriel Boric, nas eleições no Chile, além das chances reais de Gustavo Petro na Colômbia e a liderança de Lula no Brasil, dão o tom da disputa em toda a América Latina libertária.
A festa da democracia na Plaza de Mayo deixou claro, para nós brasileiros, a importância da eleição de Lula para toda a América Latina. Na fala de Jose Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai, a esperança brotando para “nossotros” latinos: “Temos que clonar Lula e distribuir por todos os países da América Latina”. “Qe asi sea, qe la palabra sea semeada em cada rincón de América”, como diria o poeta e revolucionário sulamericano Ernesto Che Guevara. A vitória no Chile, a festa na Argentina e a liderança de Lula, no Brasil, alimenta a esperança de retomada da democracia e nos trás à reflexão algumas lições:
– Somos sim alternativa de governo em toda a América Latina. Temos um melhor projeto de democracia e soberania popular, de inclusão social e de direitos para o povo. Somos a escolha do povo que derrotou recentemente o projeto neoliberal e a direita golpista na Bolívia, em Honduras e no Chile, onde voltamos ao poder. Temos chances reais de vitória eleitoral no Brasil e na Colômbia, o que mudaria toda a correlação de forças na América Latina, além da ;
– Além das derrotas impostas ao golpistas, temos a simpatia de nossos povos, que estão compreendendo, aos poucos, a diferença entre nossos governos de inclusão social e defesa da soberania nacional e os governos que sucederam, como no Brasil, trazendo um modelo catastrófico, de desemprego, miséria e fome, e de entrega de nosso patrimônio público;
– É preciso ter claro que, apesar das derrotas, a direita continua forte, tanto nos Poderes constituídos – Parlamento e Judiciário – como nos poderes paralelos como a mídia, empresariado e sistema financeiro. Isso nos impõe a tarefa de construir e sedimentar caminhos de fortalecimento da democracia popular para o enfrentamento e superação nas lutas, no Parlamento e na sociedade. “Um pé na luta, outro no parlamento” como diria Adão Preto, liderança camponesa extraordinária.
Temos que nos fortalecer na organização e mobilização popular para o enfrentamento. Organizar o Povo para organizar a luta, sem o qual, nada mudará. “Não basta que seja pura e justa a nossa causa; É necessário que a pureza e a justiça, existam dentro de nós”. Nesse sentido é preciso, mais que esperançar o povo, buscar esclarecer que uma eventual vitória do Presidente Lula, impõe-se uma vitória no Parlamento. Eleger deputados e senadores comprometido com a nossa causa. Por isso, para além das alianças, frentes ou federações, pressupõe-se o fortalecimento das esquerdas e a organização do povo.
– Sabemos que o momento é extremamente grave. O inimigo ainda é forte e golpista (e conta com as Forças Armadas e parte da mídia golpista). Do ponto de vista eleitoral há os que defendem uma política de alianças mais ampla com adesão de setores médios da sociedade e até mesmo da “direita civilizada”. As opiniões se divergem e sempre em nível bastante animador. José Dirceu, José Genoíno, Celso Amorim, entre outros, tem escrito artigos bastante esclarecedores das vantagens e desvantagens no encaminhamento de táticas eleitorais;
Do Povo Buscamos a Força. Defendemos a organização do povo, nos partidos, nos sindicatos e centrais, nas escolas, nos movimentos, nas igrejas, nos comitês populares e associações, como foi no final da década de 70, das CEBs, das Pastorais, dos Núcleos de Base. Temos que ter claro que a simples ampliação do nosso arco de alianças, a criação de Frente Ampla, de adesão de setores, não nos levará ao governo democrático popular que atenda aos desejos das camadas mais pobres e esquecidas de nossa sociedade. É preciso alinhavar a necessidade de vencer o fascismo, o neoliberalismo às necessidades mais urgentes da população.
Queremos e devemos fazer política. Mas, a política de estabelecimento de uma sociedade mais justa e mais fraterna. Sem ser panfletário, mas defendemos uma aliança ampla com setores como os movimentos populares de luta pela moradia, pela reforma agrária, defesa do meio ambiente, dos direitos humanos, dos homens e mulheres, de negros e brancos e índios, de igualdade racial, de saúde pública, escola pública e segurança pública. Enfim, mais que um programa de governo, um projeto de nação, de um Brasil justo possível.
Temos o melhor candidato, Luís Inácio Lula da Silva, a maior liderança política do continente. O maior e mais popular partido político da América Latina, aliados combativos e parceiros descontentes com o que aí está e que não os representa. Não podemos nos dar ao luxo de errar. Na luta. Na resistência! É preciso organizar o povo, como agente social, protagonista, para reconstruir o Brasil. Do povo buscamos a força. Até a vitória final. Viva a América Latina!
(*) Por Osni Calixto, jornalista e escritor. Trabalha na assessoria do PT no Senado Federal
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